Ilan Chamovitz / Francisco Sabbadini / Paulo Souza Jr. / Mário J. de Oliveira

Universidade Federal do Rio de Janeiro - COPPE/PEP – RJ, Brasil
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RESUMO

A simulação baseada na Web provê recursos para a representação de alguns aspectos da realidade e inclui basicamente duas áreas: simulação e World Wide Web. A simulação pode ser
aplicada para simplificar um modelo durante estudos de processos operacionais. A Web oferece
um canal que pode ser usado para desenvolvimento, teste e disseminação de processos operacionais. O crescimento contínuo da Internet provoca mudanças: modelos podem ser
construídos colaborativamente, via Web, e diversos podem ser compartilhados por um numero significativo de usuários. Este trabalho apresenta diversos aspectos da simulação baseada na Web e sugere algumas tendências relacionadas ao estudo de processos operacionais.

Palavras-Chave: Simulação baseada na Web, Simulação, Processos Operacionais


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1. INTRODUÇÃO

A simulação baseada na World Wide Web abrange aspectos da Web e da simulação. A Web vem apresentando um impacto significativo no campo da computação em geral e no campo da imulação em particular. A simulação pode ser definida como a reprodução de um processo do mundo real ou de um sistema, durante um período de tempo (BANKS, 1984). A crescente facilidade de conexão, a diminuição do custo de acesso e a disseminação do conhecimento utilizando-se as novas tecnologias de informação e comunicação promovem, com o passar dos anos, mudanças nos comportamentos de pesquisadores, professores, alunos, empresas e dos profissionais. Fica cada vez mais fácil um gerente controlar e gerir a produtividade de sua equipe a distância, durante uma viagem internacional. Em outro exemplo, especialistas têm acesso, em segundos, à imagem disponível da pista de pouso, antes do acidente aéreo em julho de 2007 figura 1), utilizando na Web o programa GoogleEarth (GoogleEath, 2007). Dias após o acidente, ídeos com simulação já estavam disponíveis em http://br.youtube.com/results?search_query=simulador+acidente+congonhas .

Figura 1. Local do acidente aéreo no aeroporto de Congonhas, São Paulo,

Acessado pelo programa GoogleEarth, disponível na Internet.

A tecnologia já permite a realização de atividades em laboratórios virtuais, independente da
localização de pessoas e de instrumentos. Por exemplo, após o preenchimento de um formulário na web, pode-se agendar uma observação astronômica remota, via Internet (INPE 2006). Outro
exemplo seria a utilização de um ambiente virtual desenvolvido em 2003, chamado Second Life
(http://secondlife.com), que hoje é bastante divulgado para simulação de jogos e, também, para
pesquisa operacional.

Neste contexto da simulação, retornamos a 1996 quando, a partir de 3 artigos apresentados
em uma sessão técnica do Winter Simulation Conference ( FISHWICK, 1996; BUSS & STORK,
1996; NAIR et. al, 1996), surgia um novo campo de estudos - a simulação baseada na Web, que
compreende aspectos técnicos, operacionais,de natureza diversa como arquitetura, ferramentas,
linguagem e aplicações, que serão especificados ao longo do artigo e que tornam este tema
interessante, abrangente e difuso.

Esta pesquisa não pretende esgotar o tema, mas contribuir para o entendimento acerca da
simulação baseada na Web e apontar algumas tendências para o futuro de sua aplicação em estudos de processos operacionais. A pesquisa é exploratória, essencialmente qualitativa, e foi realizada em 2006, durante a disciplina de Tópicos Especiais em Simulação, em um curso de pós-graduação stritu sensu de uma universidade federal. A metodologia utilizada é descrita na seção
2. A seção 3 apresenta o conceito e a relevância da simulação baseada na Web. A seção 4 descreve o surgimento da web simulation na Pesquisa Operacional. A seção 5 é dedicada à simulação, ambientes de desenvolvimento e são apresentadas algumas aplicações disponíveis na Web. Na seção 6 são apresentados os temas e as áreas de aplicação. Na seção 7 são apresentadas as tendências para o futuro e exemplos - na área de gerência de processos, disponíveis na Internet. As conclusões finalizam o artigo, na seção 8.

2. METODOLOGIA

A pesquisa foi estruturada seguindo uma metodologia específica de busca e registro, utilizada
anualmente pelo professor da disciplina de Simulação, no Programa de Engenharia de Produção,
com o objetivo de acompanhar a evolução de determinadas áreas da Pesquisa Operacional, no
campo da simulação a eventos discretos. A proposta metodológica é de que alunos do ano
corrente pesquisem e complementem as informações já organizadas pelos alunos do período
anterior, do modo a formar um repositório de conhecimento em permanente atualização.

Para este artigo, o processo de investigação foi realizado para coletar e estruturar
informações sobre Web-Based Simulation, identificada como um campo novo de estudo e ainda
em desenvolvimento, englobando recursos tecnológicos da Web combinados com a tecnologia de
simulação. A metodologia utilizada compreende 5 aspectos: 1) sobre as organizações de
pesquisa, envolvidas com a área pesquisada; 2) os principais pesquisadores que desenvolvem
projetos; 3) as conferências realizadas ou agendadas. 4) dentro de cada conferência, identificam-se os temas englobados naquele ano e 5) para cada tema, quantos trabalhos foram selecionados.

A partir de uma lista de trabalhos por tema, os alunos preparam uma relação de títulos com
os nomes dos autores de cada trabalho que consideram inovadores. O material é analisado em aula pelos discentes e os documentos produzidos são armazenados no servidor do grupo de Pesquisa Operacional do Programa. de Pós-graduação. Parte do material está disponível para acesso em http://api.adm.br/websimulation.htm. Para complementar o trabalho, foi realizada uma pesquisa exploratória na literatura e na Internet.

As tendências são baseadas na verificação de novos temas e na evolução tecnológica. Para
registrar e organizar os eventos pesquisados, foi utilizada a técnica de Redes Sistêmicas (BLISS,
MONK & ORGBORN, 1983) e um software que permitiu registrar na Web, em um só local e de
forma sistêmica, as informações sobre os sites pesquisados.

3. A IMPORTÂNCIA E A ABRANGÊNCIA DA SIMULAÇÃO BASEADA NA WEB

PAGE & OPPER (1999) citam o principio da separação de conceitos (DIJKSTRA, 1976),
que afirma que o principal objetivo da maioria dos sistemas de software é a corretude. A corretude é baseada em se considerar primeiramente os aspectos de design do software, independentemente da infra-estrutura que servirá para a execução do sistema. A separação das etapas de modelagem e de execução promovem mudanças nestas duas fases. Assim, o ambiente de simulação que oferece a infra-estrutura para a execução da simulação deve aceitar a modelagem previamente desenvolvida e permitir a sua implementação. Page oferece seis princípios que servem para diferenciar a simulação baseada na Web da tradicional, e servem para prever algumas mudanças no processo de simulação. A tabela 1, adaptada de (PAGE & OPPER, 1999) constam os princípios e algumas questões pertinentes.
Tabela 1. Princípios e questões de simulação baseada na Web (adaptação a partir de PAGE &
OPPER, 1999).

Principios para simulação na web Questões pertinentes

Proliferação de objetos digitais Identificação de responsáveis pelos objetos, problemas de segurança, direitos de propriedade e de uso dos objetos; excesso de objetos
disponíveis, problemas de validação e pesquisa.
Disseminação de padrões de software
Importante para a interoperabilidade de aplicações e para a mo delagem
ou uso de componentes. Ex. CORBA, UML, OLE/COM, HLA.
Construção por composição Aplicações podem ser composições de objetos digitais, acessíveis via
web. Apenas funcionalidades não existentes devem ser codificadas.
Aumento da abordagem “tentativaerro”
Desenvolvimento da modelagem ganha velocidade: o modelo de
simulação pode ser testado, alterado e novamente testado…
Proliferação de uso de simulação por leigos

Com a disseminação de componentes via web, pessoas despreparadas
tem acesso e podem utilizá-los de forma indevida.
Arquitetura multi-camada e sistemas multi-linguagens

Em uma simulação, componentes podem ser desenvolvidos para
construir modelos para execução repetitiva, e outra linguagem pode ser
utilizada para auxiliar na execução dos modelos em tempo real.

A Simulação baseada na Web foi classificada por Page e Opper (1999) em cinco áreas:
· Simulação como hypermídia: A produção, armazenamento e recuperação de documentos
textuais, imagens, áudio e vídeo utilizando a Internet oferece facilidades para o treinamento
a distância, educação e capacitação baseada em simulação.

· Metodologia da Pesquisa em Simulação: modelos podem ser rapidamente disseminados
na Web. A publicação de artigos e divulgação de resultados mudam o comportamento de
pesquisadores, professores e estudantes. Novas abordagens para realização de pesquisa
são estudadas e implementadas.

· Acesso baseado em Web para programas de simulação: esta área inclui a execução
remota de simuladores hospedados em um computador servidor de aplicações, utilizando
navegadores (browsers) e, também, códigos que podem executar simulações em
computadores-cliente.

· Modelagem e simulação distribuída: esta área inclui atividades que usam tecnologias
orientadas para Web, tais como CORBA, Java e RMI, como infraestrutura para suportar a
execução de simulação distribuída. Jogos com Internet e plataformas para cooperação no
desenvolvimento e modelagem de simuladores também estão incluídos nesta área.

· Simulação da World Wide Web: Modelagem e análise da Web para otimização e
performance estão incluídos nesta área.
Os autores não limitam apenas a estas categorias, mas percebemos que muitos trabalhos
podem ser classificados em uma ou mais, inclusive com superposição das mesmas. Isto pode ser
apreciado ao identificarmos os temas que fizeram parte da primeira conferencia Internacional de
Modelagem e Simulação baseadas na web (WEBSIM98 1998).

4. HISTÓRICO DA WEB E DA SIMULAÇÃO BASEADA NA WEB

A Web foi criada a partir de um projeto da CERN (Organização Européia para Pesquisa
Nuclear), chamado ENQUIRE, iniciado por Tim Berners-Lee em 1989. Basedo no conceito de
hipertexto, o projeto visava, principalmente, permitir que pesquisadores compartilhassem
informações. O primeiro website foi ao ar em 1991. Em 30 de abril de 1993, foi anunciado pela
CERN que a World Wide Web seria gratuita para todos. A década de 90 foi marcada pela
evolução da WWW. Em 1995 houve um esforço grande, a partir do desenvolvimento de diversos
grupos de trabalho e, como conseqüência, o ano de 1996 foi marcado por inovações, pela versão
HTML 3.2 da linguagem de hipertexto. Nesta versão foram adicionados diversos recursos como
tabelas, applets e textos em torno de imagens, sobrescrito e subscrito.
Neste mesmo ano (1996), foram apresentados os primeiros artigos sobre web-based
simulation numa sessão técnica na Winter Simulation Conference, inicialmente como parte da área
temática de metodologia de modelagem. A partir de 2000 passa a ser uma área especifica da WSC.

O interesse crescente e a relevância do tema ficam evidentes com a criação em 1998 da primeira
Conferência Internacional de Modelagem e Simulação baseada em Web. Além disso, com base nos
arquivos da International Modeling and Simulation Multiconference, identificou-se a Web-Simulation como uma seção temática específica, da Annual Simulation Symposium onde se podem encontrar diversas abordagens como em HUANG E MILLER (2001), HOLMES ET AL (2001), BELFORE ET AL (2001), HOLMES ET AL (2002), MILLER ET AL (2002), LIMA FILHO E HIRATA
(2002), BRUZZONE E ORSONI (2003), TRUONG (2004). HUANG E MADEY (2005). De
1999 até 2005 os principais pesquisadores envolvidos com o tema desenvolveram simuladores e
muitos estão disponíveis na Internet até hoje. O anexo I, apresenta uma uma compilação das
principais áreas, pesquisados e instituições envolvidas com a simulação baseada na Web. A
tabela 2 apresenta uma síntese cronológica, baseada nos trabalhos apresentados nas edições da WSC de 1996 a 2005.

Tabela 2. Síntese do desenvolvimento da Web-Based Simulation ( Baseado na WSC e ANSS,
1996-2005)
Ano Posicionamento Tópico de sessão temática

1996 Tópico de sessão temática Conceitos, Simulação a eventos discretos na Web e Linguagem Java para ambiente de simulação

1997 Tópico de sessão temática Web-Based Simulation baseada em Java, Linguagem de simulação de
processos baseada em Java e Modelagem de filas e redes baseada em Java.

1998 Tópico de sessão temática Arquitetura, Método das três fases em Java e Ambientes de simulação

1999 Tópico de sessão temática Simulação em rede baseada na Web (CORBA), Arquitetura, processamento de dados on-line em modelos de simulação e visualização de simulação a
eventos discretos distribuida

2000 Sessão temática
abordandoWeb-Based e
Java-Based Simulation
Otimização da simulação a eventos discretos distribuída baseada na Web,
simulação de sistemas distribuídos baseada na Web, VRML e motor de
busca baseado em Java para UML.

2001 Sessão temática especifica
Web-Based Simulation
Aplicações em Supply Chain e APL, simulação paralela, sistema de
treinamento

2002 Sessão temática especifica
Web-Based Simulation
Suporte para a simulação de projetos, Aplicações em manufatura, Linguagem
SRML ( Simulation Reference Markup Language) e simulador SR ( Simulation
Reference Simulator), Web Services, Projetos de simulação e B2B.

2004 Sessão temática e
renomeada para
Tecnologias de simulação
possibilitadas pela WEB
dividida em 03sub áreas
temáticas: 1) Governo e
Defesa; 2) Ferramentas e
aplicações em XML;
3)Ferramentas, linguagens
eaplicações possibilitadas
pela WEB.
Arquitetura de sistema de alto nível, simulação paralela a eventos discretos,
ambientes de simulação baseada em XML, modelagem de simulação,
simulação Supply Chain baseada em XML.

2005 Sessão temática e
renomeada para
Tecnologias de simulação
possibilitadas pela WEB.
Neste ano aparece dividida
em 02: 1) Simulação em
redes de computadores e
distribuída; e 2)
Aplicações possibilitadas
pela web.
Simulação de infra-estrutura de redes de computadores, consistência de
dados em infraestrutura de alta performance, modelos de simulação on-line,
modelagem e simulação de sistemas complexos baseados em XML.

Para facilitar o acesso aos principais trabalhos desenvolvidos envolvendo Simulação
baseada na web, o autores estão construindo redes sistêmicas (BLISS, MONK & ORGBORN,
1983) para estruturar e organizar conceitos sobre o assunto. A ferramenta utilizada para construção das redes é o GRS – Gerador de Redes Sistêmicas na Web (CHAMOVITZ & ELIA 2003). Para acessar as redes basta acessar o programa no endereço do Projeto GRS e digitar o código das redes ( 396 e 397 ) no campo de atalho. A rede 396 contém links para os sites dos principais eventos de Simulação na Web, estruturada por ano de realização do evento. A rede 397 apresenta as principais categorias relacionadas com Simulação baseada na Web. Para conhecer melhor as Redes Sistêmicas e o GRS acesse http://www.nce.ufrj.br/ginape/GRS . Para acessar o programa clique no link GRS, localizado no menu lateral da página principal do projeto. A figura 2 apresenta a tela do GRS e a rede 396, com algumas páginas abertas a partir do clique nos links dos eventos realizados a partir do ano de 1998.

Figura 2. Rede sistêmica 396, com acesso aos principais websites de eventos sobre simulação (Fonte: http://www.api.adm.br/GRS)

5. SIMULAÇÃO E AMBIENTES DE DESENVOLVIMENTO

Alguns modelos de simulação podem ser desenvolvidos para serem executados no servidor
– um computador central, que coloca disponível o aplicativo. Outros modelos são executados na
própria máquina do cliente, após serem copiados, via web. Maiores detalhes sobre a execução de
simulação baseada na web podem ser recuperados no trabalho de REICHENTHAL (2002). O
autor reintroduz a simulação baseada na web pelo ponto de vista do desenvolvedor de software e, também, apresenta uma linguagem e um simulador, ambos construídos em pesquisas na Boing: a linguagem SRML – Simulation Reference Markup Language e o simulador SR (Simulation
Reference simulator).

A utilização da abordagem de orientação a objetos revelou-se adequada para a construção
de modelos de simulação baseada na Web. A construção de componentes de software,
reutilizáveis, independentes de plataforma e escaláveis, permite o aumento da velocidade de
desenvolvimento de software e uma minimização dos custos. A web oferece a oportunidade de
colaboração e cooperação. Desenvolvedores disseminam conhecimentos e constróem, a distância e em grupo, componentes de software, que ficam disponíveis na web. Neste contexto, tecnologias baseadas em componentes facilitam a interoperabilidade.

A linguagem Java permite uma abordagem orientada a objeto, compatível com o ambiente
de simulação. É independente de plataforma, é composta por módulos voltados para modelagem e
simulação. Ambientes de desenvolvimento facilitam o desenvolvimento de componentes ou de
aplicações: JBuider, da Borland, é um exemplo. A Microsoft e a Sun também construíram
ambientes para desenvolvimento em Java, que permitem, em diversos casos, a produção de
software utilizando-se janelas, arrastando e soltando elementos gráficos, inserindo valores em caixas de texto, clicando em botões, sem a necessidade de se digitar código em editores de texto. Alguns ambientes permitem a geração do modelo graficamente e, com apenas alguns cliques, constróem a aplicação, gerando o código, e o programa, pronto para ser executado.
6. TEMAS ABORDADOS EM EVENTOS E ÁREAS DE APLICAÇÃO A utilização da simulação em diversas áreas foi estendida, graças à utilização de plataformas baseadas na Web e de componentes, que permitem a distribuição e o reuso de código em programas de computador. A partir dos Programas dos Congressos em Simulação Baseada na Web foram coletados tópicos pertinentes, apresentados na tabela 3:

Tabela 3. Tópicos em Simulação Baseada na Web

· Metodologia e Ferramentas

· Computação de alta performance e
grande escala

· Verificação, validação e certificação

· Educação e jogos

· Simulação em meio ambiente, ecologia,
biologia e medicina

· Ambiente de simulação baseada na
Web (WSE)

· Simulação Interativa Distribuida
baseada na web (WDIS)

· Técnicas e Padrões para integração de modelos

· Comunicação e Interoperabilidade em WSE and
WDIS

· WSE e WDIS em aplicações de educação,
treinamento e aprendizagem.

· Simulation visualization/animation in WSE and
WDIS

· Simulação Distribuida baseada na Web

· Linguagens e ferramentas para simulação discreta

· Compartilhamento e reuso de modelos de
simulação e ferramentas em ambientes de
simulação baseada na web - WSE

Diversas aplicações vêm sendo desenvolvidas e distribuídas via Web. A lista não pretende
esgotar a totalidade das aplicações existentes e possíveis, mas tão somente contribuir para uma
compilações relacionada ao tema. O sucesso de uma organização depende fundamentalmente da
eficiência e da efetividade de seus processos de negócio. Neste sentido a combinação das
tecnologias web e da simulação a eventos discretos contribuem significativamente para o
entendimento e a identificação de oportunidades de melhorias significativas nas operações e nos
seus processos, compreendendo aspectos operacionais, táticos e estratégicos. Na tabela 4 estão
relacionadas as principais áreas onde a simulação baseada na Web vem sendo utilizada.

Tabela 4. Áreas de aplicação da Simulação Baseada na Web

· Sistemas automotivos

· Imagens

· Robótica

· Eletrônica, Informática e Telecomunicações

· Logística

· Transportes

· Gestão da Saúde

· Realidade Virtual e simu lações gráficas em
aplicações industriais e comerciais

· Aquisição, organização e representação do
conhecimento

· Modelagem de Sistemas Complexos

· Aeroespacial

· Marinha

· Design em produção Industrial

· Engenharia de Processos

· Energia

· Engenharia Petroquímica

· Militar

· Verificação, validação e certificação

· Educação, treinamento e aprendizagem;
conhecimento

· Modelagem cognitiva

· Problema de tomada de decisões

· Prova de teoremas

· Visão computacional
jogos

· Modelagem da performance humana

· Planejamento

· Raciocínio aproximado

· Reconhecimento de padrões

Métodos estatísticos são utilizados para programação da produção, acompanhamento de
vendas, auditoria, controle de processos operacionais, na indústria, comércio e em serviços. Para
estudar os modelos estatísticos, por exemplo, o Rice Virtual Lab in Statistics pode ser acessado no endereço http://www.ruf.rice.edu/~lane/rvls.html, e oferece aplicativos com demonstrações
estatísticas: ANOVA, distribuição binomial, Chi-Quadrado, Intervalo de Confiança, Distribuições,
T-test, entre outras.

Alguns autores também oferecem páginas na web com uma lista de aplicativos e modelos
desenvolvidos por seus grupos ou explorados em outros sítios. Na página do professor Fishwick
(http://www.cise.ufl.edu/~fishwick/websim.html) existem vários exemplos de demonstrações e
simulações: Simulação de Monte Carlo híbrida, tráfego rodoviário, transporte ferroviário, entre
outras. Na figura 3 é apresentada a aplicação que simula o tráfego metroviário na cidade de Los
Angeles, Califórnia - Estados Unidos.

Figura 3. Metrolink

Fonte: http://www.trainbrain.com/metrolink.html

Outra fonte de aplicações e assuntos relacionados a simulação baseada na web é a página
do projeto MITRE, finalizado em 1999. A página, apesar de não estar sendo atualizada, apresenta
várias referências e pode ser acessada a partir do endereço http://www.thesimguy.com/Projects/websim/survey/text.html. Alguns modelos podem ser
executados em servidores centrais por meio de programas instalados nos servidores – Common
Gateway Interface (CGI), outros são executados no cliente, ou seja, na própria máquina do usuário, utilizando applets Java.

Aplicações em Web-Based Simulation voltadas para processos operacionais podem ser
encontradas em diversas áreas, sendo que algumas destas serão apresentadas a seguir. LULAY E
REINHART (1998), apresentam a utilização das tecnologias Web associadas a um modelo
hierárquico de simulação, para a tomada de decisão com o objetivo de agilizar o processamento de pedidos e aumentar a flexibilidade em unidades de produção descentralizadas. A partir desse
trabalho os autores identificaram a customização do modelo pelo uso dos recursos tecnológicos
combinados (Web e simulação) e desenvolveram um sistema assistente de simulação para
monitoramento da produção, contribuindo para a tomada de decisão locais em consonância com os objetivos globais, relacionados a unidade de produção descentralizadas.
SEILA E MILLER (1999) apresentam uma aplicação baseada em Web-Based Simulation
para avaliação de desempenho e tomada de decisão. Neste estudo os autores avaliaram um serviço de emergência hospitalar sob diversos aspectos e detalham os passos e requisitos relativos ao modelo de simulação e ao ambiente de desenvolvimento do mesmo.
CHANDRASEKARAN ET AL (2002) apresentam um estudo relacionando serviços Web
com simulação, no qual utilizam estas tecnologias para o avaliação de um serviço de compras pela
internet através da simulação dos processos com o objetivo de identificar oportunidades de
melhoria. Os autores desenvolveram uma ferramenta, Web Services Designer Tool (WSDT), a qual
associada ao software de simulação JSIM, permite acompanhar visualmente os processos Web em
ação antes da sua implementação, possibilitando um melhor entendimento das operações.
Em projetos de simulação há necessidade de atividades cooperativas que envolvem uma
intensa comunicação entre os participantes. HENRIKSEN ET AL (2002) apresentam o Web
Based Simulation Center (WBSC) que foi desenvolvido com o intuito de dar suporte, a partir de
ferramentas disponíveis na Web, a especialistas de vários campos envolvidos em projetos de
simulação. O conceito compreende o desenvolvimento e o gerenciamento de projetos de simulação de forma colaborativa na qual consultores e desenvolvedores distintos, separados geograficamente,
podem atuar de maneira interativa e operacionalmente. Em colaboração com universidades, o
protótipo do software WBSC foi aplicado em um projeto de simulação B2B.
GRAUPNER ET AL (2002) utilizaram Web-Based simulation e animação para auxiliar o
trabalho de equipes de vendas no acompanhamento dinâmico da demanda individualizada de
produtos em função das necessidades dos consumidores. A ferramenta desenvolvida permite
configurar, simular e animar um sistema de manufatura via internet, funcionando como um sistema de
apoio à decisão para estes profissionais. Após a simulação é possível visualizar o modelo em 2D/3D
além de avaliar a performance do sistema.
MORAES ET AL (2002) utilizaram os recursos tecnológicos da Web para uma simulação
virtual multiusuário, na qual estudam o processo de chegada de pacientes numa unidade de sáude e
o comportamento das filas.

Uma aplicação utilizando técnicas de simulação paralela a eventos discretos é descrita por
RABELO ET AL (2004), com o objetivo de representar o paralelismo funcional estruturado
presente no fluxo de operações relacionadas ao lançamento de naves do sistema de transportes da
NASA. Os autores apresentam um ambiente paralelo síncrono para emolução e simulação a
eventos discretos que permite simular o ciclo de vida operacional do lançamento espacial e
possibilita a customização utiliando Java 3D e VRML ( Virtual Reality Modeling Language). Uma
aplicação envolvendo simulação da cadeia de suprimentos pode ser vista em CHATFIEL ET
AL(2004) e em operações espaciais da NASA em Park (2005).

7. TENDÊNCIAS FUTURAS

A Web 2.0 reforça alguns conceitos, baseados em colaboração. Usuários passam a ser
mais responsáveis pelo conteúdo da web. Aplicativos que hoje estão nos computadores de cada
indivíduo, passam a ficar disponíveis na Web. Assim, com apenas o sistema operacional e o
navegador, um aluno pode utilizar um editor de texto que está disponível na Web e salvar o texto
produzido em um servidor-web, acessível por um endereço web (URL). Estando em outro
ambiente físico ou em outro país, um colega pode alterar o arquivo e salvá-lo também. Este
procedimento vale para planilhas, bancos de dados e aplicativos. Vale também para
desenvolvimento de modelos de simulação. E mais: após construir o modelo, o responsável pode
colocá-lo na web, disponível para teste.

A partir da pesquisa efetuada foram identificadas algumas tendências para o futuro da Web-
Base simulation, compreendendo particularmente esforços de pesquisados, empresas e
universidades no sentido melhorias nas seguintes áreas:

· arquitetura de alta performance, construção de ambientes de simulação baseados
em recursos tecnológicos da Web, Simulação de operações on-line, em tempo real
e com a captação de dados para a execução de simulações a partir da internet;

· Aplicações em 3D, visualização em 3D, modelagem e animação via internet e
realidade virtual;

· Desenvolvimento de ferramentas, plataformas, linguagens e simuladores baseados
nas tecnologias da Web;

· Modelagem flexível, ambiente gráfico integrado;

· Multimodelagem e simulação em ambiente colaborativo e em tempo real.

· Simulação distribuída e paralela a eventos discretos;

· Sistemas de treinamento por simulação via Web; e

· Simulação virtual multiusuário baseada na Web.

8. CONCLUSÃO

A pesquisa realizada demonstra a amplitude, a relevância e as oportunidades relacionadas
com a simulação baseada na Web, considerando-se o fórum de debates, os pesquisadores e as
instituições envolvidas com o tema e as áreas de aplicação identificadas e particularmente no que diz
respeito ao estudo e ao entendimento de processos operacionais. Neste campo a Web-Based
simulation contribui significativamente como ferramenta de apoio à decisão com implicações
gerenciais e estratégicas importantes. O crescimento do acesso via web, a disseminação de
componentes e aplicativos com modelos e simuladores cresce cada vez mais.
Dentre os benefícios oferecidos se encontra a possibilidade da construção de modelos em
cooperação, o compartilhamento de softwares e a construção coletiva do conhecimento que
resultam numa maior compreensão dos processos, mais agilidade, eficiência e eficácia para os
gestores. No mesmo sentido contribuem efetivamente para a solução de problemas.
Quanto aos riscos podemos considerar que muitos problemas com a utilização de
simuladores na Web estão relacionados com o excesso de informação, a necessidade de validação
de grande quantidade de componentes disponíveis e da informação oferecida.

9. REFERÊNCIAS

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MORAES, A.B.; DE OLIVEIRA, M.J.F.; ESPOSITO, S.M.; BORDALO, S.M. A multi-user
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Operational Research Applied to Health Services, 2002.

NAIR, R. S.; MILLER, J. A.; ZHANG, Z. A Java-Based Query Driven Simulation Environment.
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PARK, J. MORAGA, R; RABELO, L.; DAWSON, J.; MARIN, M e SEPULVEDA, J. Addressing
complexity using distributed simulation: a case study in spaceport modeling. Proceedings of the
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RABELO, L.; SEPULVEDA, J.; MARIN, M.; PARUCHURI, A.; NAYARANAN, K. Parallel
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em junho de 2006.

ANEXO I – WEB-BASED SIMULATION PESQUISAS E APLICAÇÕES

Artigo Autor Instituição
WSC Web-Based Simulation: Some Personal
Observations
Paul A. Fishwick University of Florida
WSC Discrete-Event Simulation on the World
Wide Web Using Java
Arnold H. Buss, Kirk A. Stork Naval Postgraduate School
WSC A Java-Based Query Driven Simulation
Environment
Rajesh S. Nair, John A. Miller,
Zhiwei Zhang
University of Georgia
WSC Web-Based Simulation in Simjava Using
Remote Method Invocation
Ernest Page, Robert Moose,
Sean Griffin
The Mitre Corporation
WSC An Architectural Design for Digital Objects Paul A. Fishwick University of Florida
WSC Component-Based Simulation
Environments: JSIM as a Case Study using
Java Beans
John A. Miller, Yongfu Ge,
Junxin Tao
University of Georgia
WSC A Widely Deployable Web-Based Network
Simulation Framework Using CORBA IDLBased
APIs
Arjun Cholkar
Philip Koopman
GTE Data Services
Carnegie Mellon
WSC On-Line Data Processing in Simulation
Models: New Approaches and Possibilities
through HLA
Thomas Schulze, Steffen
Strassbu
Ulrich Klein
Otto-von-Guericke-Universität
Magdeburg
Fraunhofer Institute for Factory
Operation and Automation
WSC Web-Based Performance Visualization of
Distributed Discrete Event Simulations
Adel S. Elmaghraby, Sherif
Elfayoumy, Irfan Karachiwala,
James H. Graham, Ahmed
Emam, and AlaaEldin Sleem
University of Louisville
WSC Distributed Web-Based Simulation
Optimization
Yuh-Chyun Luo
Chun-Hung Chen
Enver Yücesan
Insup Lee
Chung-Cheng Institute of
Technology
George Mason University
INSEAD
University of Pennsylvania
WSC The Monarc Toolset for Simulating Large
Network-Distributed Processing Systems
Iosif C. Legrand and Harvey B.
Newman
California Institute of
Technology
WSC A Web-Based Interface for Storing and
Executing Simulation Models
Ashu Guru, Paul Savory, and
Robert Williams
University of Nebraska
WSC A Java-Based Simulation Manager for
Web-Based Simulation
Charles Marr and Christopher
Storey
William E. Biles
Jack P.C. Kleijnen
US Army
University of Louisville
Tilburg University
WSC An Interactive Land Use VRML
Application (ILUVA) with Servlet Assist
Lee A. Belfore, II and Suresh
Chititho
Old Dominion University
WSC A Model-Based Approach for Component
Simulation Development
Perakath Benjamin, Dursun
Delen, and Richard Mayer
Timothy O’Brien
Knowledge Based Systems
NASA
WSC Dynamic Component Substitution in Web-
Based Simulation
Dhananjai Madhava Rao and
Philip A. Wilsey
University of Cincinnati
WSC Finding a Substrate for Federated
Components on the Web
John A. Miller, Andrew F. Seila,
and Junxiu Tao
University of Georgia
WSC SIMFONE´: An Object-Oriented Simulation
Framework
Manuel D. Rossetti
Ben Aylor, Ryan Jacoby,
Alyson Prorock, and Antoine
White Ben Aylor, Ryan Jacoby,
Alyson Prorock, and Antoine
White
University of Arkansas
University of Virginia
WSC VisualSLX - An Open User Shell for High-
Performance Modeling and Simulation
Thomas Wiedemann Technical University of Berlin
WSC A Review of Web Based Simulation:
Whither We Wander?
Jasna Kuljis and Ray J. Paul Brunel University
SEGeT 2007 – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia
14
WSC Issues in Java-Based Continuous Time
Step Physical Modelling
Lisa A. Schaefer
Philip M. Wolfe
The MITRE Corporation
Arizona State University
WSC Open Source Simulation Modeling
Language (SML)
Richard A. Kilgore
Dean C. Chatfiel
ThreadTec
Virginia Tech
WSC SISCO: A Supply Chain Simulation Tool
Utilizing Silk™ and XML
Terry P. Harrison and Jack C.
Hayya
Penn State University
WSC Web-Based Simulation of Systems
Described by Partial Differential Equations
Manuel Alfonseca
Juan de Lara and Hans
Vangheluwe
Univsersidad Autonoma Madrid
Juan de Lara and Hans
Vangheluwe
WSC Managing Event Traces for a Web Front-
End to a Parallel Simulation
Boon Ping Gan, Li Liu, and
Zhengrong Ji
Stephen J. Turner and
Wentong Cai
Gintic Institute of
Manufacturing Technology
Nanyang Technological
University Nanyang
Technological University
WSC The Design of a Web-Based Training
System for Simulation Analysis
Yu-Hui Tao and Shin-Ming Guo I-Shou University
WSC D-SOL; A Distributed Java based Discrete
Event Simulation Architecture
Peter H.M. Jacobs, Niels A.
Lang, and Alexander Verbraeck
Delft University of Technology
WSC Transaction Cycle of Agents and Web-
Based Gaming Simulation for International
Emissions Trading
Hideyuki Mizuta
Yoshiki Yamagata
IBM Japan
National Institute for
Environmental Studier
WSC Web based Simulation Center: Professional
Support for Simulation Projects
James O. Henriksen
Peter Lorenz
André Hanisch
Stefan Osterburg
Thomas Schriber
Wolverine Corporation
Otto-von-Guericke-Universität
Magdeburg
Fraunhofer Institut für
Fabrikbetrieb und
Automatisierung
University of Michigan
WSC Configuration, Simulation and Animation of
Manufacturing Systems via the Internet
Tom-David Graupner, Hendrik
Richter, and Wilfried Sihn
Fraunhofer Institut fur
Produktionstechnik und
Automatisierung
WSC The ABELS System: Designing an
Adaptable Interface for Linking Simulations
G. Ayorkor Mills -Tettey, Greg
Johnston, Linda F. Wilson,
Joseph M. Kimpel, and Bin Xie
Dartmouth College
WSC Simulation Web Services with .Net
Technologies
Richard A. Kilgore OpenSML and ThreadTec, Inc
WSC Re-Introducing Web-Based Simulation Steven W. Reichenthal Boeing
WSC Implementing the High Level Architecture
in the Virtual Test Bed
José A. Sepúlveda, Luis
Rabelo, and Jaebok Park
Frank Riddick
Cary Peaden
University of Central Florida
National Institute of Standards
and Technology
NASA
WSC Parallel Discrete Event Simulation of Space
Shuttle Operations
Luis Rabelo, José Sepúlveda,
Mario Marin, Amith Paruchuri,
Amit Wasadikar, and Karthik
Nayaranan
University of Central Florida
WSC Efficient Process Interaction Simulation in
Java: Implementing Co-Routines Within a
Single Java Thread
Richard M. Weatherly and
Ernest H. Page
The MITRE Corporation
WSC SRML Case Study: Simple Self-Describing
Process Modeling and Simulation
Steven W. Reichenthal Boeing
WSC XML Mediation Services Utilizing Model
Based Data Management
Andreas Tolk Old Dominion University
SEGeT 2007 – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia
15
WSC Examining the Feasibility of Constructing
Simulation Models Using the Web-Based
‘Grab-and-Glue’ Framework
Tillal Eldabi, Man Wai Lee, and
Ray J. Paul
Brunel University
WSC HDPS, an XML/XSLT Based Hierarchal
Modeling System
Richard Evan Curry
Kikiakos Vlahos
London Business School
Athens Laboratory of B.A
WSC XML-Based Supply Chain Simulation
Modeling
Dean C. Chatfield
Terry P. Harrison and Jack C.
Hayya
Virginia Tech
Penn State
WSC Simulation of Grid Computing
Infrastructure: Challenges and Solutions
Sugato Bagchi IBM T. J. Watson Research
Center
WSC Time Management in Distributed Factory
Simulation, a Case Study Using HLA
Ke Wang, Sheng Xu, and Leon
F. McGinnis
Georgia Institute of Technology
WSC Initialization of Online Simulation Models Andre Hanisc, Juri Tolujew
Thomas Schulze
Fraunhofer Institute IFF
University of Magdeburg
WSC Addressing Complexity Using Distributed
Simulation: A Case Study in Spaceport
Modeling
Jaebok Park, Reinaldo Moraga,
Luis Rabelo, Jeffrey W.
Dawson, Mario Marin e Jose
Sepulveda
Mathias Roehl e Adelind M.
Uhrmacher
University of Central Florida
University of Rostock
ANSS Building a Web-Based Federated
Simulation System with Jini and XML
Using simulation to facilitate effective
workflow adaptation
Xuexim Huag
John A. Miller
J. A. Miller e Jorge Cardoso
University of Georgia
ANSS Evolving The Web-Based distributed
SI/PDO Architecture for High-Performance
Visualization
V.P. Holmes, J.M. Linabarger,
D.J. Miller e R.L. Vanderwart
C.P. Crowley
Sandia National Laboratories
University of New Mexico
ANSS Multiuser Extensions to the interactive
Land Use VRML application (ILUVA)
Lee A. Belfore e S. Chitithoti Old Dominium University
ANSS An architecture and implementation to
support large-scale data access in scientific
simulation environments
V. P. Holmes, S.Kleban,
D.J.Miller, C. Pavlakos, C. Poore
e R.L. Vanderwart
C.P. Crowley
Sandia National Laboratories
University of New Mexico
ANSS GroupGraph: A collaborative hierarquical
graph editor based on the internet
Translating activity cycle diagrams to java
programs
H. A.S. Lima Filho
Celso M. Hirata
Wladimir L. Araujo Filho e
Celso M. Hirata
ITA – Instituto Tecnológico de
Aeronáutica
ANSS Performance simulation of the Jambala
Platform
Maria Toeroe Ericson Research
ANSS Integrating Web service and grid Enabling
technologies to provide desktop access to
high-performance components for largescale
data services
Victor P. Holmes, Wilbur R.
Johnson e David J. Miller
Sandia National Laboratories
ANSS Computational Science and engineering online:
an integrated web-based simulation
environment for computational science and
engineering
T. n. Truong University of Utah
ANSS A self-manageable infrastructure for
supporting web-based simulations
Autonomic Web-Based simulation
Y. Huang, X. Xiang e G. Madey
Y. Huang e G. Madey
University of Notre Dame
ORAHS A multi-user simulation of a hospital queue Adriana B. Moraes, Mário J. F.
de Oliveira, Sheila M. Esposito
e Simone M. Bordalo
Federal University of Rio de
Janeiro
SEGeT 2007 – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia
16
Fonte: Winter simulation Conference – WSC (1996-2005), Annual Simulation Symposium – ANSS (2001-2005) e
Operational Research Applied to Health Services – ORAHS (2002)