Rio de Janeiro, 12 de abril de 2002.

É possível fertilização in vitro em hospitais públicos do Estado do Rio de Janeiro?

A batalha em busca da viabilização do atendimento e tratamento de fertilização in vitro em hospitais públicos do estado do Rio de Janeiro, iniciou há 30 dias atrás, a partir de um marido, cansado de presenciar, por 10 anos consecutivos, sua esposa sofrendo as conseqüências de ser portadora de endometriose.

A infertilidade, dependendo do grau de acometimento da doença no organismo feminino, pode vir a ocorrer a quem é portadora desta doença. Esse é o caso da Sra. Rosana, esposa do Sr. Wellington, moradora do estado do Rio de Janeiro.

Normalmente, os tratamentos de fertilização in vitro no Estado do Rio de Janeiro são feitos em clínicas particulares e tem um custo muito elevado que, infelizmente, a maior parte da população carente carioca não pode ter acesso.

Pensando não só no sofrimento de sua esposa, mas na possibilidade de muitas outras portadoras de endometriose estarem passando por isso, o Sr. Wellington, por iniciativa própria, e inicialmente contando somente com o apoio de sua esposa e familiares, resolveu abraçar a causa e partir em busca de ferramentas que poderão tornar realidade não somente o seu sonho, mas o sonho de várias outras famílias cariocas.

O resultado desses 30 dias de trabalho incessante do Sr. Wellington e de sua família foi que no dia 10/04/2002, foi aprovada, com emenda da Comissão de Constituição e Justiça, o Projeto de Lei do deputado Paulo Ramos, que cria o serviço de atendimento e tratamento da endometriose nas unidades hospitalares públicas do Estado do Rio de Janeiro, inclusive nos hospitais que atendem aos servidores estaduais civis e militares. Ou seja, o tratamento da endometriose na rede pública carioca já vem sendo feito, só que agora é lei (Veja em www.alerj.rj.gov.br, em baixo à esquerda, clique em busca e procure a palavra HOSPITAIS entre as datas 10/04/2002 e 10/04/2002).

A nova batalha do Sr. Wellington é criar o serviço de atendimento e tratamento da fertilização in vitro nos hospitais da rede publica do Estado do Rio de Janeiro, inclusive nos hospitais que atendem aos servidores estaduais civis e militares.

Para esse sonho se tornar realidade, deverá ser formada imediatamente uma comissão de 10 portadoras de endometriose, do Rio de Janeiro, que representarão a maioria das pacientes neste Estado. Essa comissão será recebida, juntamente com o deputado estadual Paulo Ramos, pelo Secretário Estadual de Saúde, em data a ser confirmada.

A primeira reunião da comissão já está marcada para o próximo Domingo, dia 14/04/2002, às 10 horas, em local a ser confirmado pelo Sr. Wellington.

Quem quiser participar desta reunião favor enviar um email, com nome e telefone para o Sr. Wellington - wellgarcia@terra.com.br.

 

O Sr. Wellington informa que, até o momento, não é necessária ajuda financeira, e sim o apoio e presença física nos atos públicos a serem realizados.

Informa também que a divulgação, pelos meios de comunicação, é necessária para que todas essas informações sejam propagadas o mais rápido possível. Se você conhece alguém nos meios de comunicação que possa ajudar a divulgar essas informações mande um email para o Sr. Wellington.

O Sr. Wellington agradece ao JORNAL O DIA, que no dia 11 de abril, um dia depois da aprovação da lei, divulgou a matéria na página 22, mencionando sua aprovação.

Se você é portadora de endometriose, amiga(o), colega ou familiar de uma portadora desta doença, passe a adiante estas informações, participe, faça também parte da comissão ou do grupo que apoiará a comissão durante os atos públicos.

A batalha em busca de atendimento e tratamento gratuito de fertilização in vitro começou a 30 dias atrás, por iniciativa de 1 família. Um deputado (Paulo Ramos) adotou a causa e já temos parte do tratamento em órgãos públicos no Rio de Janeiro como lei.

Agora pense: Se uma família conseguiu isso, imagine se todas as portadoras e familiares comparecerem participarem... Certamente conseguiremos muito mais.

O Sr. Wellington agradece a atenção de todos.

O Núcleo Endo/RJ (www.api.adm.br/endometriose) agradece a sua participação.