Trabalho desenvolvido na disciplina de Intangíveis COPPE-UFRJ/2006

Síntese dos significados que compõe os conceitos dos “CAPITAIS INTANGÍVEIS”

Grupo:
Alexander Herzog
Fernando Junger
Hugo Miranda
Ilan Chamovitz


· CAPITAL ESTRUTURAL

1. Conjunto de procedimentos que será utilizado ou criado para sua gestão;
2. Forte relação com seus sistemas, métodos, cultura e valores;
3. Fluxo de conhecimento que foram sistematizados e são propriedade da empresa; e
4. Ter preparo para as mudanças no mercado e para atender adequadamente as necessidades dos clientes

· CAPITAL INTELECTUAL

1. É a capacidade, a habilidade, a experiência, o conhecimento (tácito e explícito) das pessoas que interagem em uma organização; e
2. Pertence ao individuo, mas pode ser utilizado pela empresa para gerar lucro ou para aumentar o seu prestígio e reconhecimento social.

Frase: “Uma empresa é valorizada se conseguir atrair, reunir e manter o capital intelectual”

· CAPITAL HUMANO

1. Consiste no conhecimento, técnica, habilidade, destreza e práticas que permitam obter mais eficiência e melhores resultados em uma operação ou processo. (Banco Mundial)

· CAPITAL DE RELACIONAMENTO

1. Consiste nas relações que a empresa estabelece com os atores - clientes, fornecedores, sindicatos, governo, instituições financeiras, competidores, meios de comunicação e grupos de interesse, para ampliar (ou manter) sua presença no mercado.

· CAPITAL AMBIENTAL

1. É o conjunto de fatores que descreve o ambiente onde a organização está inserida;
2. Esses fatores são expostos pelo conjunto das características sócio-econômicas da região (nível de escolaridade, distribuição de renda, taxa de natalidade, etc.), pelos aspectos legais, valores éticos e culturais (empreendedorismo, etc.), pelos aspectos governamentais (grau de participação do governo na economia, estabilidade política) e pelos aspectos financeiros, como nível da taxa de juros e a existência de mecanismos adequados à produção.

Questão: “ Será que existe no Brasil um ambiente favorável para empreendimento proprio de economia do conhecimento?”

· CAPITAL SOCIAL

1. São as características da organização social, como confiança, normas, sistemas, (instituições), etc.que contribuem para aumentar a eficiência da sociedade, facilitando ações coordenadas. (Robert Putnam)
2. Os elementos essenciais que constituem o capital social são as redes de relações sociais, que disponibiliza aos recursos dos membros do grupo ou da rede aos indivíduos, e a quantidade e a qualidade de recursos que são próprios do grupo. Em relação às redes, o capital social é a agregação de recursos atuais ou potenciais que têm ligação estreita com uma rede estável de relações institucionalizadas de reconhecimento e de inter-reconhecimento mútuo. (Pierre Bourdie)
3. O capital social é produtivo, semelhante às outras formas de capital. A realização de determinados fins depende da sua existência, de acordo com a sua composição e forma. O capital social não é completamente transformado em capital econômico, assim como os demais capitais físico e humano. Sua importância pode estar bem definida para determinadas atividades, sendo útil para certas finalidades e inútil para outras. A natureza de sua importância é variável (James Coleman: abordagem funcionalista do capital social).

Consideração: observa-se uma aproximação essencial dos conceitos de capital ambiental e capital social, desde que ambos sejam vistos como um amplo campo onde se dão todas as demais relações entre os demais capitais. O mesmo pode ser observado entre os conceitos de capital humano e capital intelectual.

Referência bibliográfica central:

CAVALCANTI, M. C. B., GOMES E. B. P., PEREIRA NETO, A. P. de F. Gestão de empresas na Sociedade do Conhecimento. Ed. Campus, 2001.
Demais referências bibliográficas consultados:

BOURDIEU, P. (2001) O capital social: notas provisórias. In: NOGUEIRA, M. A.; CATANI, A. (orgs.) Escritos de Educação, 3ª ed., Petrópolis: Vozes, 2001, pp.67-69.
COLEMAN, J.S. (1988). “Social capital in the creation of human capital”. American Journal of Sociology, 94/Supplement. pp. 95-121.
CUNHA, S. A. “Incorporação do ativos intangíveis na determinação do valor de mercado das ações de uma empresa: o caso da BRASKEN.” Tese de Doutorado, UFSC. Florianópolis, 2006.
GOMES,J. M., “Análise do modelo de avaliação de ativos intangíveis proposto por Sveiby (1998) em empresas de base tecnológica no Estado de Pernambuco. Tese de Mestrado, Programa Multiinstitucional e Interregional de Pós-graduação em Ciências Contábeis: UNB, UFPB, UFPE e UFRN. Recife, 2003.
FRANÇA, R. B., Avaliação de Indicadores de Ativos Intangíveis: uma propsota metodológica. Tese de Doutorado, UFSC. Florianópolis, março de 2004.
PUTNAM, R. Comunidade e democracia: a experiência da Itália moderna. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2002.